Segundo os estudiosos, os mortos falam sem o auxílio de "médiuns" que é o método mais difundido entre os adeptos do espiritismo. Na Suécia, na Alemanha ou na Inglaterra, através de meios eletrônicos, vozes do além dão indicações sobre vida depois da morte. Segundo dizem, a morte não é o fim, mas apenas passagem para outra dimensão ou mesmo outro lugar aqui na terra.
Mas os aparelhos destinados exclusivamente à comunicação com os espíritos, em substituição aos sensitivos psicofônicos ou psicógrafos, foram tentados em outras áreas de investigação e por pesquisadores que não eram propriamente médium de efeitos físicos ostensivos. Não obstante, no ponto em que se acham os dispositivos atuais, que têm dado resultados positivos, ainda se mostra necessário o emprego do ectoplasma operando como um tipo de tradutor.É o ectoplasma sob a forma gasosa, que algumas pessoas produzem discretamente e sem ser percebido sensitivamente.
Muitos cientistas conhecidos tentaram a comunicação com os espíritos por meio de aparelhos diversos. Os principais são: Thomas Alva Edison (1847 - 1931); GuglielmoMarconi (1874 - 1937); e também Nikola Tesla (1856 - 1943). Apesar de sua engenhosidade e inúmeras tentativas, não obtiveram êxito. Outros,como Dr. J.L.W.P. Matia e Dr. G.J. Zaalberg Van Zeist, da Holanda, que em 1911. Orientados pelo Plano Espiritual, criaram o dinamistógrafo e conseguiram discretos sucessos. Este aparelho permitia obterem-se mensagens pelo código Morse. Segundo afirmação dos investigadores, várias comunicações de espíritos foram assim conseguidas, entre elas as do falecido pai do Dr. Zaalberg Van Zeist.
Outro pesquisador nesta área foi o engenheiro aposentado da Rádio Corporation of América - RCA, Julius Weinberger. Durante cerca de trinta anos, Weinberger fez as mais diversas tentativas, visando obter um dispositivo suficientemente sensível para ser influenciado por um espírito. Finalmente, Weinberger solicitou ajuda dos desencarnados. Em 1941, teve a ajuda da médium Joan, pertencente ao grupo de estudos de Stuart Edward Wshite. Em 1946, após consulta às entidades espirituais, Weinberger conseguiu um primeiro êxito,usando certo dispositivo cujos elementos constavam de um raio de luz e uma foto-célula.Posteriormente, sempre sob a orentação dos espíritos, ele aperfeiçoou seu sistema, usando uma foto-célula sensível ao ultravioleta. Weinberger conseguiu obter pequenos sinais como os do Código Morse. mas, a conselho dos próprios espíritos, teve de cancelar este tipo de experiência.
Há um pormenor interessante ocorrido durante as tentativas de Weinberger: o espírito de um físico desencarnado explicou que os espíritos dispunham de um certo tipo de radiação à qual denominavam de raios zigon ou yoking. Tal radiação pode atuar sobre as pessoas, mas não sobre os aparelhos físicos. Os efeitos físicos, que eventualmente poderiam obter-se, resultavam de uma contra-radação desenvolvida pelo corpo do médium, sob a ação dos raios zigon. Foi enfatizado que tal operação era difícil e envolvia certo risco para o médium.
Por último,Weinberger fez tentativas utilizando-se de plantas capazes de reações táteis, como as chamadas "plantas carnívoras" (Vênus apanha-moscas). Os resultados foram discretos, apenas probalisticamente significantes. (Weinberger, Julius Apparatus Comunication With Discarnate Persons, in Future Science, edited by JohnWhite and Stanley Krippner, New York; Anchor Books, 1977, pp. 465-496).
As gravações vem evoluindo rapidamente e sua vantagem pode ser ouvida e confirmada por crentes e céticos.
O interessante é constatar que as vozes em sentenças estão em vários idiomas. Portanto não é apenas o local onde elas acontecem. A primeira ideia de que tais manifestações pudessem ter partido de uma transmissora cai por terra, pois ninguém falaria sobre um determinado assunto em diversos idiomas. Tais vozes aparecem nas fitas, sempre falando numa língua poliglota e peculiar, sempre num ritmo estranho.
O Dr. Constantin Raudive escreveu o livro intitulado Breakth Rough, que traduzido significa "penetração em áreas desconhecidas".
Apesar da credibilidade do autor, o editor inglês resolveu fazer uma experiência antes de dar sua aprovação para publicação do livro. Comprou um gravador e algumas fitas e iniciou suas pesquisa. Depois de algum tempo, foi ver se algum som tinha sido registrado. Ficou surpreso ao ouvir uma voz gravada na fita! Levou o gravador com a fita à sala do seus sócio sr. Bander e pediu-lhe para que escutasse a gravação.
Diante dele, com o gravador funcionando, ouviu-se repentinamente uma voz feminina, tênue e clara, que perguntava em alemão: - "por que você não abre a porta?" Assim que ele percebeu esta manifestação, reconheceu a voz como sendo de sua falecida mãe. Então contou ao seu sócio que tinha ouvido esta mesma voz por 11 anos em fitas de gravador, pois era essa a forma como ele e sua genitora se correspondiam durante aquele longo período de separação.
Para não sobrar dúvidas, o sr. Bander repetiu a operação e ouviu a mesma voz, as mesmas palavra. Contudo, para não ter nenhuma dúvida da veracidade, chamou dois colegas que falavam alemão que escrevessem fonema por fonema, tudo o que ouviram. Quando conferiram o resultado ficou provado, sem sombra de dúvida, que o que o sr. Bander havia ouvido era certo: Sua mão havia falado com ele através do gravador. Diante deste fato, o livro foi aprovado e publicado.
Em outras ocasiões o sr. Raudive fez experiências gravando perguntas e pedindo que as vozes respondessem. Foi durante suas experiências que as próprias vozes sugeriram ao sr. Raudive procurasse no rádio uma onda adequada para as gravações. Assim que esta era encontrada, ouvia-se um sibilante agora! quando então o sr. Raudive iniciava as gravações.
Durante as gravações os assistentes nada ouvem, pois as vozes dos mortos são inaudíveis. Mas, tão logo a fita é repassada com o som aumentado escutam-se certos ruídos rítmicos que aos poucos se tornam mais claros e compreensíveis. As tais vozes lembram as humanas, com timbres masculinos, femininos e infantis.
O que se observa é que as sentenças não são descritivas. O que se encontra é a menção do objeto, do vício, do meio de transporte, do trabalho, das discussões, etc.
As pessoas que se manifestam demonstram sentimentos de nacionalidade e agrupam segundo ela. Falam do trabalho, colheita, plantações, forma de cozinhar, costumes alimentares, etc. Repetidamente falam dos parentes falecidos dos presentes; forma como morreram, nomes e lugares além de outros detalhes interessantes. A variedade de fatos registrados em gravações é infinita e até cansativas.
Ao longo dos anos, centenas de milhares de vozes diferentes foram registradas e identificadas por pesquisadores de todo o mundo. Mas, enquanto nas universidades, nos laboratórios de física e eletrônica, o fenômeno vem sendo estudado de um ponto de vista rigorosamente racional, (geralmente procurando capturar sons e imagens do passado, como no caso da máquina do tempo), a experiência do professor Raudive, bem como de todos os que pertencem à corrente "animista" da parapsicologia, queriam demonstrar que os mortos estão sempre vivos à nossa volta e têm possibilidade de se comunicar conosco.
As dúvidas sempre surgem. Seria realidade ou superstição? Reflexo material de eventos que se verificam no subconsciente, ou como afirma o professor Paul Keller, "a descoberta é muito mais importante que a da física nuclear, enquanto estabelece um contato com uma outra dimensão"?
Esses fenômenos atestam que existe uma vida ulterior pessoal, depois da morte do corpo, ou seja, da matéria que compôs o corpo de cada ser vivo. Portanto, a matéria se decompôs, mas a energia que lhe deu vida continuará por aqui ou em outra dimensão. Por quanto tempo essa energia sem manterá unida em sua forma, não se sabe.
Já foram formuladas muitas hipóteses. Poderia ser um para-fenômeno, além de outros fenômenos psicocinéticos já notados. Estes são de influência direta sobre sistemas e objetos físicos por parte de alguém que não atua com energia ou com instrumentos físicos conhecidos. Contudo é preciso saber que com o termo "cinético" estão excluídos até os fenômenos elétricos, mas hoje já existe a tendência de incluí-los. As mais recentes descobertas no campo biológico demonstraram que a dita "vida espiritual" não é outra coisa que a percepção, recepção e transmissão de sinais, entre o sistema nervos e o cérebro, através de processos eletroquímicos. Hoje são comuns as pesquisas com animais, como exames conduzidos com microelétrodos, que permitiram estabelecer que é através de impulsos elétricos que acontece a transmissão de informações . Portanto, para a psicocinese, não seria necessária a presença de um corpo físico. Nêutrons, elétrons e gravitação são suficientes para determinar uma energia. Quanto ao fenômeno das vozes, trata-se de um efeito psicocinético ainda não especificado. Pensando sem emoções ou paixões sobre o assunto, não temos como determinar o ponto no qual o efeito se insere no sistema físico definido como preceptor. Portanto, que apresenta muitos aspectos ainda totalmente desconhecidos; um argumento que vem investido da parapsicologia e não da ciência natural.
No campo científico não existe nenhuma confirmação sobre tais fenômenos. Por exemplo: no exame dos aspecto de vozes existe uma componente oscilatória longitudinal; efeito de irradiações energéticas ignoradas que, por não serem claras à física atual, estão todavia em grau de agir sobre aparelhos eletrônicos.
E preciso ter cuidado que pesquisadores, isoladamente, queiram chegar, a partir de fenômenos, a conclusões práticas sem um conhecimento adequado da física e da fenomenologia mediânica, que em nossos dias ainda não foi aprofundada cientificamente. Precisamos considerar que ser humano tem a tendência à crenças fenomenais e até milagrosas. Colocar esses argumentos no campo parapsicológico, sem a devida maturidade psíquica suficiente, pode trazer graves danos para o próprio equilíbrio por causa das forças inconscientes que não podem surgir.
Por que estas vozes são tão confusas e diferentes entre si? Simplesmente porque representam uma realidade da qual ainda não sabemos nada. É um absurdo tentar organizar o inconsciente. Não podemos ter a pretensão de organizar cientificamente a pesquisa sobre a realidade da qual ignoramos as regras biológicas. Um exame radiológico para ser bem interpretado pressupões um profundo conhecimento anatômico e anatomopatológico. Na verdade, mesmo com um aparelho radiológico extremamente perfeito, nós sempre temos imagem distorcida, embora conheçamos perfeitamente as regras biológicas e que nos permite interpretar claramente.
O que hoje já sabemos é que o ouvido humano, em condições normais, não ouve tudo o que vibra, fala e soa à nossa volta. Pretender afirmar taxativamente que esta vozes são as vozes das almas é seguramente ariscado. Portanto, precisamos de mais conhecimento e de descobertas no campo da física e da radiotécnica. Tal realidade é uma imensa possibilidade do nosso cérebro, além dos limites impostos pelo tempo e pelo espaço, possibilidade ainda em grande parte desconhecida.
Aqui estamos tratando do fim da vida e seu destino. As vozes são um argumento em torno do qual se deve mobilizar a parapsicologia, uma ciência que deve despojar-se de qualquer superstição e na qual se deve ter em mente os charlatães e psicopatas. que de tudo querem tirar proveito.