Vozes misteriosas falando rapidamente, num ritmo invulgar e usando uma língua curiosa.
Existem casas, lugares, hospitais, asilos, pensionatos, escolas, etc, e elas falam de roupas, doenças, falta de roupa, banheiros, comida, bebida, cigarro, etc. Os hospitais são lugares onde morrem muitas pessoas com sofrimento. Mas também é interessante observar vozes falando de profissões, sentimentos de nacionalidades, práticas religiosas como a guarda dos dias santificados. É muito comum falarem em plantações, colheitas, alimentos que cozinham, etc. Muitas vezes viajam, sabem onde para onde vão e onde estão naquele momento. Também tem conhecimento do que seus amigos estão fazendo, para onde vão e onde estão.
Alguns espíritos continuam ligados aos lugares onde haviam morado durante sua permanência na Terra. Isso acontece principalmente para aqueles que são muito apegados aos materiais aqui existentes. Quando o corpo morre ele não aceita que perdeu seus bens tão preciosos e se recusa a libertar-se.
Joller, um homem, metódico e de temperamento equilibrado, começou por negar-se a acreditar nos relatos que sempre ouvira, mas logo também ele começou a ouvir ruídos estranhos vindos da casa e sentir pequenas batidas e puxões na pele. As provações de Joller logo atraíram a atenção dos que vivem à cata de curiosidades. Quando sua família se tornbou centro de intromissões e mexericos indesejáveis, a outrora próspera prtática jurídica de Joller começou a diminuir. Em 1862, a propriedade dele estava de tal modo tomada por curiosos que o infeliz advogado fugiu com a família para Zurique. Melchior Joller morreu, amargurado e empobrecido, apenas três anos depois, ao 47 anos.
Embora a praga do polstergeist tenha atormentado o advogado, ele parece ter alcançado um tênue armistício com a situação pouco antes do fim da vida. Sozinho em sua nova casa, certa noite Joller teve uma última experiência misteriosa, cuja natureza ele não revelou a ninguém, a não ser para exclamar, "Agora eu entendo!".
As assombrações, ou fantasmas, são tradicionalmente consideradas como espíritos dos mortos, embora os céticos, há muito duvidem. Um dos personagens de Shakespeare desprezou tranquilamente um fantasma, como apenas imaginação. E Charles Dickens refletia um opinião vitoriana quando seu Ebenezer Socrooge atribuía a um fantasma um desarranjo intestinal, acusando-o de ser um pedaço indigesto de carne.
Porém nos últimos cem anos os estudiosos da paranormalidade vem buscando diligentemente outras explicações, embora nenhuma de suas teorias tenha satisfeito os céticos. No entanto, embora as explicações propostas não tenham sido provadas, algumas dão uma certa impressão de verossimilhança.
Os elementos básicos de algumas dessas teorias, juntam,ente com a antiga crença espírita, são apresentados constantemente em diversas formas.
Quando os habitantes de uma casa já estão acostumados com os ruídos e manifestações de poltergeist e vozes estranhas parecem ficar indiferentes a elas. Em baterias de testes psicológicos, os pesquisadores detectaram frustrações e raivas que, segundo especulam, estariam sendo liberados em surtos de psicosinese, provocando os distúrbios.
Muitas pessoas descrentes perceberam que os sinais foram ficando mais evidentes com o passar das semanas. Murmúrios suaves e melancólicos enchem a casa, juntamente com choros queixosos que pediam, "Tende pena de mim! Tende pena de mim!" Com o passar do tempo, membros da família contam ter vislumbrado uma aparição que é descrita como sendo esbranquiçada, acinzentada ou de cor escura, flutuando pelos corredores. Outras pessoas contam que o sono deles foi perturbado por furiosos ruídos de pancadas que vinham de partes afastadas da casa.
Os espíritas acreditam que a alma deixa o corpo que morre. Mas às vezes este pode demorar-se em ir para o outro lado e então ser visto como um fantasma. O pesquisador italiano de fatos paranormais Erenesto Bozzano deu enfoque, com sua teoria "espírita": ele sugere que as aparições não são as almas dos mortos, mas mensagens telepáticas das mentes sem corpo, com várias características atribuídas aos espíritos.
A mente de quem vê um fantasma pode criar a própria aparição que percebe. É como um olho que ao mesmo tempo projeta e observa. Segundo essa teoria do parapsicólogo americano Willian G. Roll, resíduos psíquicos do passado podem evocar aparições. Mas ele afirma que, em muitos casos, o estado mental do receptor pode criar assombrações de forma inconsciente, para satisfazer necessidades emocionais.
Segundo a teoria da estudiosa Eleonor Sidgwick, os objetos absorvem impressões psíquicas, que depois devolvem a quem se aproxima. A nitidez da aparição e outros fenômenos depende da força emocional da marca original e da sensibilidade psíquica do receptor.
Existe também a teoria do éter psíquico" do professor Hernry Price, da Universidade de Oxford, uma imagem gerada pela atividade mental vive em outro plano, ou em planos múltiplos, mesmo que seu criador já tenha morrido. Price definiu o éter como algo intermediário entre a mente e a matéria, em uma dimensão que desconhecemos. Ele supõe que esse éter registre as impressões psíquicas e transmita-as às pessoas sensíveis.
Com a fundação da Sociedade de Pesquisas Psíquicas da Inglaterra em 1862, algumas das melhores cabeças da era vitoriana enfrentam o problema, produzindo uma ampla gama de teorias e opiniões, e mais controvérsias ainda.
Frank Podmore, um dos autores do "Censo de Alucinações" da Sociedade, deu origem a um debate em 1866, ao afirmar que os poltergeists simplesmente não existiam. Depois de examinar onze casos de poltegeists tomados ao acaso nos registros da SPR, Podmore propôa uma teoria da "menininha levada", sugerindo que a trapaça dava conta de quase todas as manifestações de polstergeists, e que as meninas e meninos que tantas vezes parecem vítimas dos poltergeists estariam na verdade puxando os cordões para provocar os fenômenos.
A asserção de Pdmore não passou impune. O folclorista Andrew Lang revidou com uma opinião contrária, citando os casos de Tidworth e da casa paroquial de Epworth como exemplos em que a trapaça parecia improvável - mesmo que fosse realizada por crianças muito brilhantes, além de elevadas. "A fraude e as alucinações são inadequadas para explicar todos os fenômenos", argumentou.
A teoria mais interessante talvez tenha sido a do pesquisador de paranormalidade Hereward Carrington, um dos primeiros a procurar um solução biológica para o quebra-cabeça. escrevendo em 1951, Carringthon especulou que a chegada da puberdade nos seres humanos, combinada a outros fatores desconhecidos, poderia desencadear atividades de poltergeits. Na puberdade, escreveu Carrington, "uma energia parece ser irradiada do corpo (...) chega quase a parecer que essas energias, em vez de tomarem seu curso normal (...) encontram esse curioso método de exteriorização".
As ideias de Carrington teriam um efeito significativo sobre J. Gaither Prat e William G. Roll. Em 1958, esses parapsicólogos investigaram um caso famoso em Seaford, nos Estados Unidos;uma série caótica de coisas que se quebravam e objetos que voavam parecia estar centrada em um menino de 12 anos. Esse episódio levou os dois pesquisadores a fazerem uma reavaliação abrangente da atividade de polstergeits. Se a psicanálise é a capacidade da mente de mover objetos, raciocinaram eles,será que então os fenômenos de poltergeists podem ser acessos repetidos e descontrolados de psicocinese? Se este for o caso, continuaram os dois teóricos, então a própria palavra polstegeit seria enganadora, pois sugere uma criatura fantasmática independentye e inteligente. Baseados nisso, Pratt e Roll sugeriram que um termo mais preciso seria "psicocinerse recorrente espontânea, ou RSPK (sigla em inglês), que descreveria o processo de seres humanos ligando-se involuntariamente a poderes mentais imprevisíveis.
Se as ideias de Pratt e Roll estiverem corretas, então os poltergeists não tem qualquer existência independente, ou desencarnada, fora de seus catalisadores humanos. Em outras palavras, os poltergeists não são duendes, espíritos ou fantasmas de qualquer tipo, mas simples projeções mentais de natureza destrutiva.
No entanto, embora Roll sustente que "em geral se admite hoje em dia que as ocorrências de poltergeists correspondem a uma atividade psicocinética involuntária, inconsciente, nem todos no campo das pesquisas psíquicas concordam com essa ideia. "Pessoalmente, não estou muito contente com essa novidade", declarou Alan Gauld no final dos anos setenta. "Não sabemos o bastante sobre psicocinese tal como é pesquisada em cartas experiências de laboratório para dizer se tem ou não qualquert parentesco com os fenômenos de poltergeists. E não devemos começar a achar que só porque aplicamos aos fenômenos um rótulo de sabor científico, como RSPK, estamos mais próximos de explicá-los. Dez anos dfepois, Gauld foi ainda mais enfático em sua posição. "A psicocinese é apenas um termo para nossa ignorância", declarou, acrescentando que prefere a explicação simples de "atividade de poltergeists, porque "entendemos o que ela quer dizer. "
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